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sábado, 27 de outubro de 2007

Memória...


Sinto que o tempo todo caíu hoje dentro de mim... como se o tempo que passou, tivesse conseguido passar-me ao lado... Por vezes, a mente parece explodir num sofrimento atroz, ao tentar lembrar acontecimentos, lugares e tempos onde "supostamente" vivi...

...Memórias perdidas, lugares infindáveis, crepúsculos e amanheceres... Não sei o que aconteceu... Sinto que algo me impede de recordar... Numa tortura sem nome, vou prosseguindo o meu caminho sem encontrar as minhas pegadas...


Não me Esqueças...


Quando te olhares no espelho da memória, olha com os olhos da alma e repara, repara na imagem daquelas crianças... continuam lá, naquele tempo onde as abandonámos, oiço-as a chorar num lamento sem tempo...
Lembro-me do tempo em que existimos fora do tempo... Lembro-me do nosso olhar sem sombras nem distância...
Naquele tempo, até o nosso sofrimento parecia ter saído de um livro de contos mágicos...
Hoje a ausência é eterna...

Escrevendo o Amor...


Escrevo o Amor no vestígio dos teus passos,

olho-te no espaço, enquanto a tua ausência ainda o é...

Amanhã não existirão marcas, odores ou sensações

presas entre dois tempos...


Amanhã o ontem será apenas memória,

a memória que fica quando tudo parte...

Amanhã, não serei capaz de decifrar o teu rosto,

ou amadurecer a tua expressão em mim...


Amanhã... Será um nada, pouco menos nada,

que o depois de amanhã...


domingo, 14 de outubro de 2007

...Paisagens Nuas...


Anónima e Amorfa, a tarde insiste em adormecer diante dos meus olhos cansados de não adormecer... Vai longe o tempo em que o Tempo e o Espaço se fundiram numa variável sem nome...
Neste lugar de um Tempo que não era o mesmo, aconteceram paisagens por preencher, espaços sem nome, onde o possível e o imaginário eram um só e estavam presentes em simultâneo...
Lembro-me das sensações e das fronteiras quebradas...
...Corre densa a memória esgotada, moribunda de si mesma, dançando na consciência dos seus últimos momentos...