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sábado, 17 de maio de 2008

Recordação sem Memória...


Existe em mim a sombra vaga e breve dos meus olhos atravessando a neblina dos teus...

Sei que a memória se assemelhava ao ondular de uma lágima escorrendo na face como quem desce uma colina na direcção do mar... Talvez a saudade também tivesse o sabor a sal...

Não sei se sinto saudades de mim ou dos meus gestos inocentes, cândidos e perfumados com os aromas inesperados dos locais sem tempo...

Nascia em cada manhã um sonho sem contornos, como se a luz e a escuridão ainda fossem irmãs, havia dentro do meu coração uma chama que ainda acendia o olhar....

Naqueles dias inconscientes, a infinitude do Ser, acontecia de forma inominada...

Naquelas noites distantes, as vozes que rompiam o silêncio, tinham o calor de um abraço!

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